"Meu coração, caçador de estrelas,
Foi preso numa cruz falena. Nasceu.
Manteve um olhar amedrontado
Sobre as paredes de meu peito.
Por causa de meu coração
Parti o gelo de minha terra natal.
Subi as montanhas de teus seios
E lá vislumbrei a fantasia dos mundos
Que moram do outro lado da janela de meus olhos.
Conheci então meu canto.
Disparei contra o vácuo, era tanto.
Minhas palavras eram fogo, não sei quanto.
Havia um cume ventoso naquelas nuvens.
Soube que ali poderia colorir meu coração-planeta.
Lá sopra um vento de realidade
Mas também uma fina brisa de revolta.
Revoltei-me contra todos os navios do mundo.
De repente, quando virei minhas costas,
Um ponto final encerrou em mim
Aquele rosto suave, e então
Nasci.
João Miguel
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Um comentário:
Sinhor Juaum!
Véi... Me ensina a escrever? De onde é que você tira essa inspiração pra escrever essas poesias? Uma mais maravilhosa que a outra, cara. Essa de juntar o corpo com as vontades e as fantasias e... Véi!! Único. Não tem outra palavra.
Abração!
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