Que diabo de poeta
seria eu se
não soubesse o que digo.
Poesia é arte inacabada e
provém da incompletude.
Com ela eu rio
sem parar. Rio afora
sem parar, Subo o rio.
Chego à margem, toco o
rio.
Agua e pedra e planta do rio.
Cortinas de ramos
tristes transpassam
brio. Da
canção são
encarregadas as
aves-do-paraíso.
Sigo adiante, posso
sentir a
ponta de
meus dedos
Tocando a
água pura. Que se dissolve
em ondas crescentes de
circulos.
Ora, que diabo de poeta
seria eu se
não soubesse o que digo.
Poesia cutuca, machuca, pinica a
alma.
Transa, transa, em transe, em tranças.
Alma, Sigo o rio.
Alma.
Ébrio vazio.
À tua
margem, encosto meu corpo em seu leito.
Faleço em sono desperto:
Minh'alma
segue em
teu peito.
João Miguel
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Um comentário:
Sinhoooooor Juaaaaaaaaummmmmm!!!!
Muito linda a poesia, rapaiz. Linda mesmo. Quando crescer, quero escrever igual ao autor dela! =D
Aquele abração, meu velho!
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