Meu espírito ardente
Defronta-se com o espelho
De minh'alma
Que belamente, de repente
Reflete os dois lados
Da lente de meus olhos.
João Miguel
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Nascimento
"Meu coração, caçador de estrelas,
Foi preso numa cruz falena. Nasceu.
Manteve um olhar amedrontado
Sobre as paredes de meu peito.
Por causa de meu coração
Parti o gelo de minha terra natal.
Subi as montanhas de teus seios
E lá vislumbrei a fantasia dos mundos
Que moram do outro lado da janela de meus olhos.
Conheci então meu canto.
Disparei contra o vácuo, era tanto.
Minhas palavras eram fogo, não sei quanto.
Havia um cume ventoso naquelas nuvens.
Soube que ali poderia colorir meu coração-planeta.
Lá sopra um vento de realidade
Mas também uma fina brisa de revolta.
Revoltei-me contra todos os navios do mundo.
De repente, quando virei minhas costas,
Um ponto final encerrou em mim
Aquele rosto suave, e então
Nasci.
João Miguel
Foi preso numa cruz falena. Nasceu.
Manteve um olhar amedrontado
Sobre as paredes de meu peito.
Por causa de meu coração
Parti o gelo de minha terra natal.
Subi as montanhas de teus seios
E lá vislumbrei a fantasia dos mundos
Que moram do outro lado da janela de meus olhos.
Conheci então meu canto.
Disparei contra o vácuo, era tanto.
Minhas palavras eram fogo, não sei quanto.
Havia um cume ventoso naquelas nuvens.
Soube que ali poderia colorir meu coração-planeta.
Lá sopra um vento de realidade
Mas também uma fina brisa de revolta.
Revoltei-me contra todos os navios do mundo.
De repente, quando virei minhas costas,
Um ponto final encerrou em mim
Aquele rosto suave, e então
Nasci.
João Miguel
sábado, fevereiro 09, 2008
Será?
A nossa vida é um sonho e a
lembrança faz a real vida.
O sonho concretizado
Torna-se lembrança.
E a lembrança
torna-se
esque
cida.
lembrança faz a real vida.
O sonho concretizado
Torna-se lembrança.
E a lembrança
torna-se
esque
cida.
Poesia
O poeta devaneia.
Canta ele mesmo para o papel.
Canta seus vícios, suas prudências entorpes.
Mostra-lhe a parte que não
Cabe num simples corpo orgânico.
O que seria mais humano
Que guardar para si o peso de sua insignificância?
Vá. Mostre-a a todos.
Entregue seu amor para o papel
E livre-se do pesar de sua condição.
O homem é limitado,
O papel não.
João Miguel
Canta ele mesmo para o papel.
Canta seus vícios, suas prudências entorpes.
Mostra-lhe a parte que não
Cabe num simples corpo orgânico.
O que seria mais humano
Que guardar para si o peso de sua insignificância?
Vá. Mostre-a a todos.
Entregue seu amor para o papel
E livre-se do pesar de sua condição.
O homem é limitado,
O papel não.
João Miguel
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Assinar:
Postagens (Atom)